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Melhores Discos de 2013 (20 - 16)

Essa parte da lista traz algumas surpresas tais como o synth pop da desconhecida Strangers que conseguiu fazer o que o Hurts e por extensão o Delphic não conseguiram: empolgar do começo ao fim. O Jake Bugg mostrou uma disposição de gente grande com seu segundo disco que só veio confirmar o talento do jovem cantor. O rock é mais ressaltado nessa parte da lista com o Miles Kane e o Cage The Elephant sem mencionar o Editors que foi mais contundente e menos inovador em seu quarto álbum.


20. Editors - The Weight Of Your Love
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Quando o primeiro single foi liberado, A Ton Of Love, o Editors anunciava que era possível aliar o passado com o presente numa percepção diferente. A música carrega um apelo pop com guitarra, baixo, bateria e teclado em sintonia num ritmo acelerado mais próxima do que faziam. Os riffs soberbos que tomavam a dianteira e alavancavam o potencial de seus discos aparecem com disposição, porém sem o vigor alongado de antes. The Weight Of Your Love não é pretensioso. É um álbum correto que causa um efeito positivo em nós mesmo dando uma desacelerada aqui, outra ali e com a banda tentando atingir seu potencial máximo. O Editors não perdeu o prumo de fazer um bom disco, só arranjou um jeito de adaptar suas músicas em condições diferentes das de um dia. (Nota retirada da resenha do disco publicada aqui.)


19. Jake Bugg - Shangri La
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Ter uma medida de cautela é sempre boa quando a mídia e blogs do universo compartilham um hype atrás do outro. Quando Jake Bugg pintou nos palcos em 2011 e lançando seu primeiro disco ano passado minha orelha ficou atenta ao talento do jovem cantor de 19 anos enquanto a outra ficou desconfiada, mas com o desejo de investigar mais. Seu segundo disco, Shangri La, veio confirmar seu talento inato e principalmente expor suas modestas referências como Johnny Cash e Jimy Hendrix, por exemplo. Jake Bugg esbanjou sua juventude no country, There's a Beast and We All Feed It, no rock, Slumville Sunrise e no folk, A Song About Love. Jake solta sua voz em suas músicas sem medo de desafinar ou parecer exagerado em sua disposição de riffar e dedilhar o rock baseado nos ensinamentos de seus mestres bem marcados nesse novo disco.
 

18. Cage The Elephant - Melophobia
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A capa deformada do terceiro disco do Cage The Elephant condiz com a estética distorcida e rebelde do disco. O grupo americano cria um ambiente ácido produzido por guitarras barulhentas que te obrigam a ficar sempre atento e insistem que você participe nas músicas nem que seja pra acompanhar com palminhas a bateria em Spiderhead. A faixa It's Just Forever que conta com a participação da Alison Mosshart do The Kills parece ter sido adaptada pra cantora se sentir a vontade pra cantá-la ao lado dos vocais delinquentes de Matthew Shultz. O Cage The Elephant fez um trabalho barulhento e eficiente no Melophobia fazendo 2013 vibrar um pouco mais. Além das faixas já citadas, destacam-se também: Come A Little Closer, Halo e Black Widow com surpreendentes metais dando o ar da graça lá no fundo.


17. Miles Kane - Don't Forget Who You Are
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Depois de formar a cobiçada banda The Last Shadow Puppets ao lado do Alex Turner (Arctic Monkeys), Miles Kane seguiu carreira solo sem nos deixar com saudades do seus anteriores projetos. Boa parte disso é devido ao ótimo Don't Forget Who You Are, segundo disco do cantor. Miles apresenta um rock enxuto, de riffs bem concentrados e impossíveis que vão se encaixam faixa à faixa não demorando muito para nos mover  a ação com a trinca Taking Over, Don't Forget Who You Are e Better Than Out. Miles não é bobo, e encaixa um contraponto com canções mais líricas como Out Of Control e Fire In My Heart, pra dar uma pincelada delicada no disco. Mas o ritmo roqueiro que impregna se faz presente em maior escala sendo responsável pela incontestável agitação.


16. Strangers - Close
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De cara digo: o Strangers fez o disco de synth pop que o Hurts não conseguiu fazer esse ano. A descrição na página do facebook da banda sobre eles rege apenas três palavras: dark synth pop. O característico teclado e sintetizador criam uma atmosfera obscura que vai sendo iluminada pelos vocais tendenciosos ao pop. A elétrica Fires contém sintetizadores inflamados que tomam a dianteira pra nos contagiar e encorajar a guitarra a dar o ar da graça formando uma new wave alucinante no final. Com vocais eufóricos e um refrão pegajoso a faixa é o triunfo do disco. Outros destaques do disco são as faixas: London Lights com um início amistoso que depois se transforma numa corrida contra o tempo com uma bateria eletrônica acelerada no final e a faixa No Longer Lost com um vocal soul feminino sendo remixado no meio da música. Close é facilmente um dos grandes discos do meio eletrônico desse ano!

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